quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Adjectivos

 GÉNERO, NÚMERO E GRAU

Os adjectivos são palavras variáveis que caracterizam o nome/substantivo e atribuem-lhe características, qualidades ou propriedades.

Variação em Género: podem ser biformes, quando têm duas formas: masculina e feminina, e uniformes, quando têm apenas uma forma.

Variação em Número: podem ser biformes, quando têm duas formas: masculina e feminina, e uniformes, quando têm apenas uma forma.

Variação em Grau:
- Grau Normal: o adjectivo caracteriza o nome. (exemplo: O Zacarias é inteligente.)
- Grau Comparativo: estabelece-se a comparação entre dois nomes.

- Comparativo de Superioridade (exemplo: O Albano é mais inteligente que o Zacarias)
         - Comparativo de Igualdade (exemplo: A Catarina é tão inteligente como o António)
         - Comparativo de Inferioridade (exemplo: A Daniela é menos inteligente que o Tomás)

- Grau Superlativo Absoluto: a característica atribuída pelo adjectivo é intensificada; ou relativo: a característica destaca o sujeito.

- Superlativo Absoluto Analítico (exemplo: O Diogo é muito inteligente)
- Superlativo Absoluto Sintético (exemplo: A Diana é inteligentíssima)
- Superlativo Relativo de Superioridade (exemplo: A Ana Vanessa é a mais inteligente)
- Superlativo Relativo de Inferioridade (exemplo: O Osvaldo é o menos inteligente).

Mais exemplos




terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Derivação e Composição


Derivação por afixação

A partir de uma forma de base (palavra ou radical) é possível formar novas palavras acrescentando afixos. A este processo de formação de palavras chama-se derivação por afixação. Os afixos classificam-se como:

prefixos: se aparecem antes da forma de base
sufixos: se aparecem depois da forma de base

Derivação por prefixação
Se for acrescentado um afixo derivacional à esquerda de uma forma de base, dizemos que a palavra formada é uma palavra derivada por prefixação.

infeliz (in + feliz): palavra derivada por prefixação porque acrescentou-se o prefixo in

Derivação por sufixação

Se for acrescentado um afixo derivacional à direita de uma forma de base, dizemos que a palavra formada é uma palavra derivada por sufixação.
felizmente (feliz + mente): palavra derivada por sufixação porque acrescentou-se o sufixo mente


Se for acrescentado um afixo derivacional à esquerda e outro à direita de uma forma de base, dizemos que a palavra formada é uma palavra derivada por prefixação e por sufixação.
infelizmente (in + feliz + mente): palavra derivada por prefixação e por sufixação porque acrescentou-se o prefixo in e o sufixo
mente

Derivação parassintética (parassíntese)
Se for acrescentado um afixo derivacional à esquerda e outro à direita de uma forma de base, de forma a que se retirarmos um dos afixos a palavra deixa de fazer sentido, dizemos que a palavra formada é uma palavra derivada por parassíntese.

entardecer (en + tarde + cer): palavra derivada por parassíntese porque acrescentou-se o prefixo en e o sufixo cer, e a sua utilização só faz sentido quando utilizados em simultâneo, pois “entarde” e “tardecer” não formam palavras com significado.


Composição
Na composição são formadas palavras a partir de duas ou mais formas de base, que podem ser palavras ou radicais.

porta-aviões – junção de duas palavras (porta + aviões)
fim de semana – junção de três palavras (fim + de + semana)
agricultura – junção de um radical com uma palavra (agri + cultura)
biologia – junção de dois radicais (bio + logia)

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 

Palavras derivadas por prefixação – Consiste na associação de um prefixo à palavra base.
Exemplo:
Pré + escola = Pré-escola 
Re + ler = Reler 
Des + conhecer = desconhecer 
Im + possível = impossível
 
Prefixo é o afixo que se associa à esquerda de uma palavra base!! 

Palavras derivadas por sufixação - Consiste na associação de um sufixo à palavra base.
Exemplo: 
Carinho + oso = Carinhoso 
Arte+ ista = Artista 
Sapato + eiro = Sapateiro 
Laranja + al = Laranjal 

Sufixo é o afixo que se associa à direita de uma palavra base!! 

Palavras derivadas por prefixação e sufixação – Consiste na associação de um prefixo e de um sufixo à palavra base.
Exemplo: 
In + feliz + mente = Infelizmente 
Des + necessário + mente = desnecessariamente 

Palavras derivadas por parassíntese - Consiste na associação de um prefixo e de um sufixo à palavra base formando um verbo. 

NOTA: Se retirarmos apenas o prefixo ou o sufixo a uma palavra derivada por parassíntese, esta deixa de fazer sentido. 

Exemplo: 
E + magro + cer = Emagrecer 
A + manhã + cer = Amanhecer 
Em + beleza + ar = Embelezar 
A + funil + ar = afunilar 

As palavras formadas por composição podem ser:
Composição morfológica – Consiste na associação dois ou mais radicais ou de um radical e uma ou mais palavras que formam uma nova palavra, recorrendo ocasionalmente ao hífen como ponto de ligação.
Exemplo: 
Bio (radical) + logia (radical) = Biologia 
Cardio (radical) + vascular (palavra) = Cardiovascular 

Composição morfossintática - Consiste na associação de duas ou mais palavras que formam uma palavra nova. A associação de palavras pode fazer-se através da utilização do hífen, sem hífen mantendo-se as palavras separadas ou unindo as palavras.
Exemplo: 
Saca + rolhas = Saca-rolhas 
Via Láctea = Via Láctea 
Passa + tempo = Passatempo 
Mal + me + quer = Malmequer

Isometrias

ISOMETRIA (ISO - igual, METRIA - medida) é uma transformação geométrica que transforma uma figura noutra figura geometricamente igual, ou seja, não altera o comprimento dos segmentos da figura nem a amplitude dos seus ângulos. Assim sendo, a única coisa que é alterada numa isometria é a posição da figura.

Existem 4 tipos de isometrias: as translações, as rotações, as reflexões (em relação a um eixo ou a um ponto) e a reflexão deslizante.

A translação é uma isometria que se caracteriza pelo deslocamento de uma figura de acordo com uma direção, sentido e comprimento. Todos os pontos da figura original são deslocadas da mesma forma e todos os segmentos de reta que formam a figura original são transformados em segmentos de reta paralelos e com o mesmo comprimento.

Translação


Uma figura tem simetria de rotação (ou rotacional) se coincide com ela própria, mais do que uma vez, durante uma volta completa. Nos polígonos regulares, o número de simetrias de rotação é igual ao número de lados do polígono.

Rotação



Uma figura tem simetria de reflexão (ou reflexão axial) se admite pelo menos um eixo de simetria. Nos polígonos regulares, o número de simetrias de reflexão é igual ao número de lados do polígono.

Reflexão



Uma reflexão deslizante é uma transformação geométrica, que consiste numa reflexão segundo um determinado eixo, seguida por uma translação ao longo desse mesmo eixo. Ou em alternativa, primeiro ocorre a translação seguida depois por uma reflexão de eixo paralelo à direção da translação.

Reflexão deslizante


Tipos de isometrias

Números racionais









Figuras geométricas planas. Perímetro e área de polígonos e círculos







Potências de expoente natural





sábado, 25 de janeiro de 2020

A Revolução Francesa de 1789 e seus reflexos em Portugal

REVOLUÇÃO FRANCESA

Em 1789 aconteceu a Revolução Francesa que pôs fim à Monarquia Absoluta em França. Esta revolução tinha como princípios a igualdade, a liberdade e a separação dos poderes (liberalismo).
No entanto, os reis europeus absolutistas sentiram-se ameaçados com estas ideias liberais, uniram-se e declararam guerra à França.
Napoleão Bonaparte estava à frente do governo francês e conseguiu derrotar os seus opositores e passou a dominar grande parte da Europa, com excepção da Inglaterra. Para os enfraquecer, ordenou que todos os portos europeus não permitissem a entrada de navios ingleses – Bloqueio Continental.


Fuga da família real portuguesa para o Brasil
Neste período, Portugal tinha uma rainha, D. Maria I, viúva e doente. Por isso, o reino era governado pelo seu filho, o príncipe João.
Portugal, como era um velho aliado da Inglaterra, e não queria perder o comércio com os ingleses, demorou a aderir ao bloqueio continental imposto por Napoleão Bonaparte. Quando o príncipe regente decidiu aderir ao bloqueio continental, já a França e a Espanha, sua aliada, tinham decidido invadir Portugal.
A família real, com medo de ser presa pelas tropas francesas, parte para o Brasil em 1807, e é criada uma Junta de Regência para governar Portugal.

INVASÕES FRANCESAS EM PORTUGAL

1ª invasão francesa (1807)
Comandante: Junot
Instalou-se em Lisboa, mandou substituir a bandeira portuguesa pela francesa no castelo de S. Jorge, acabou com a Junta de Regência e passou ele a governar Portugal.
Durante a invasão francesa destruíram-se culturas, mataram-se pessoas e foi roubado tudo o que tivesse valor.
Reação portuguesa:
Foram criados movimentos de resistência pelos populares e foi pedido auxílio aos ingleses. O exército anglo-português venceu os franceses nas batalhas da Roliça e do Vimeiro e Junot assinou a Convenção de Sintra e abandonou Portugal.

2ª invasão francesa (1809)
Comandante: Soult
Entrou por Trás-os-Montes, chegou ao Porto mas encontrou uma forte resistência e refugiou-se na Galiza.

3ª invasão francesa (1810)
Comandante: Massena

O seu exército perdeu muitos soldados na batalha do Buçaco mas tentou na mesma a todo o custo chegar a Lisboa. No entanto, ficou retido na linha defensiva de Torres Vedras, que era um conjunto de fortificações e canhões criados pelos ingleses para proteger a cidade de Lisboa.
Massena foi obrigado a desistir e a retirar-se definitivamente.

A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820

 Situação do reino português após as invasões francesas
A população encontrava-se bastante descontente:
A família real continuava no Brasil e sem intenções de voltar
O reino encontrava-se pobre e desorganizado
Os ingleses não saíram de Portugal e controlavam o comércio feito com o Brasil, prejudicando assim os comerciantes portugueses

Grande parte da população, sobretudo o povo e a burguesia, começou a defender as ideias liberais vindas de França.


Revolução liberal de 1820
Em 1818 foi fundada no Porto uma sociedade secreta chamada Sinédrio que tinha como objetivo preparar uma revolução para expulsar os ingleses e ordenar o regresso do rei que estava no Brasil.
Em 1820 iniciou-se a Revolução Liberal, no Porto, que depois se espalhou por todo o país e em Lisboa.


Monarquia Liberal

Portugal passou a ter uma monarquia liberal.
Foram criadas as Cortes Constituintes, que tiveram a função de criar a Constituição de 1822, onde estavam definidos os direitos e deveres dos cidadãos. Nesta Constituição estava definido que todos os cidadãos eram iguais perante a lei e estava estabelecida a separação de poderes.

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

O rei D. João VI regressou a Portugal, ficando o seu filho D. Pedro na regência do Brasil. Durante a permanência do rei o Brasil teve um grande desenvolvimento e os portos foram abertos aos comerciantes estrangeiros o que favoreceu a burguesia brasileira. Estes apoiaram D. Pedro que declarou a independência do Brasil em 1822.

A LUTA ENTRE LIBERAIS E ABSOLUTISTAS

Guerra Civil
Quando D. João VI morre, D. Pedro sucede-lhe mas abdica do trono para ficar no Brasil. Passa a coroa para a sua filha Maria da Glória mas, como tinha apenas 7 anos, fica como regente o seu irmão D. Miguel.
D. Miguel prometeu governar segundo um regime liberal mas em 1828 dissolveu as cortes e passou a governar como rei absoluto com o apoio da nobreza e do clero e perseguiu os liberais.
Em 1831, D. Pedro abdicou do trono brasileiro e rumou à Europa, instalando-se com exilados liberais na Ilha Terceira, nos Açores.
Em 1832 desembarcou com as suas tropas numa praia próxima do Porto e avançou sobre a cidade, sem encontrar resistência.

Assistimos assim a uma Guerra Civil em Portugal (de um lado os Absolutistas, liderados por D. Miguel e do outro lado os Liberais, liderados por D. Pedro).

Só depois de várias derrotas é que D. Miguel assinou a paz através da Convenção de Évora Monte em 1834.
O Liberalismo saiu vitorioso e implantou-se definitivamente no nosso país.